O comércio exterior se baseia
na exportação de petróleo, cujo valor supera largamente
o da importação de insumos e alimentos. Disso decorre um
excessivo superávit da balança de pagamentos. O descompasso
entre o progresso tecnológico e a modernização econômica,
de um lado, e a sociedade tradicional, dominada pela ortodoxia religiosa,
de outro, é um dos principais problemas que a Arábia Saudita
enfrentou desde que se tornou uma rica nação petrolífera.
Agricultura e pecuária.
Devido ao clima desértico, a superfície cultivável
não ultrapassa 2,5% do total do território saudita. Mesmo
assim, o uso intensivo de maquinaria agrícola, fertilizantes e sistemas
de irrigação canaliza para a agricultura a maior parte da
população economicamente ativa. Os lucros obtidos com o petróleo
permitiram a instalação de estações agrícolas
experimentais, onde são testados os mais modernos métodos
de cultivo.
As principais regiões agrícolas
são Tihama, Hasa e os oásis. O principal produto agrícola
de exportação é a tâmara, consumida como alimento
básico em muitos países árabes. A madeira e folhas
da tamareira são usadas na construção de cabanas.
As culturas mais importantes, além da tâmara, são de
milhete, algodão, milho, tabaco e café e, nos oásis,
melões, figos e bananas.
Cerca de sessenta por cento da
área total do país é usada por beduínos nômades
como pastagens de ovelhas, camelos e cabras. O governo instituiu cooperativas
para facilitar a comercialização dos produtos agropecuários.
Os rebanhos de camelos fornecem carne, leite, couro para roupas e tendas,
transporte para os beduínos e seus alimentos e para a água
retirada de poços. A carne de carneiro é o principal alimento
de origem animal e o leite de cabra, o mais utilizado. Cria-se gado bovino
em Asir e nas proximidades de Djeda.
Mineração e petróleo.
No subsolo da Arábia Saudita existem depósitos de ferro,
prata e cobre, mas a atividade preponderante, que condiciona toda a economia,
é a exploração das jazidas petrolíferas. Na
década de 1980, o país chegou a terceiro produtor mundial
e primeiro exportador.
As primeiras jazidas foram encontradas
em 1938, e desde então a exploração e comercialização
do óleo se fez mediante concessões a empresas americanas,
que se associaram na Arabian American Oil Company (Aramco). Durante alguns
anos a economia saudita esteve subordinada àquela associação,
mas o governo reduziu progressivamente a dependência exclusiva, outorgando
concessões a empresas japonesas e européias. O próprio
estado saudita passou a financiar prospecções e, no final
do século XX, controlava sessenta por cento da Aramco.
A partir da década de 1960,
o governo saudita promoveu o desenvolvimento da indústria petrolífera,
com aproveitamento da tecnologia das empresas multinacionais.
Indústria e transportes.
Os setores industriais mais importantes são os de transformação
do petróleo (refino, petroquímicos e fertilizantes). Há
também fábricas de cimento, gesso e produtos metalúrgicos
que alimentam a construção civil e obras públicas.
Voltadas exclusivamente para o mercado interno, há indústrias
de tecidos, móveis e produtos de couro.
O transporte rodoviário
desenvolveu-se bastante a partir da década de 1960 e prosseguiu
em expansão. As linhas ferroviárias mais importantes ligam
Medina a Damasco, na Síria, e Riyad ao porto de Damman, no golfo
Pérsico. O transporte marítimo é a principal via de
comércio com o resto do mundo e cresceu muito em função
da exportação do petróleo. Existem cinco portos principais
-- Djeda, Damman, Yanbu, Jubail e Jizan -- e 16 portos secundários.
Há três aeroportos internacionais.